Eu não sou profeta Nem tão pouco visionário Mas o diário desse mundo tá na cara
Um viajante na boléia do destino Eu sou mais um fio da tesoura e da navalha
Levando a vida, tiro verso da cartola Chora, viola, nesse mundo sem amor
Desigualdade rima com hipocrisia Não tem verso nem poesia que console um cantador A natureza na fumaça se mistura Morre a criatura e o planeta sente a dor
O desespero no olhar de uma criança A humanidade fecha os olhos pra não ver Televisão de fantasia e violência Aumenta o crime cresce a fome do poder
Boi com sede bebe lama Barriga seca não dá sono Eu não sou dono do mundo Mas tenho culpa porque sou filho do dono (2x)